domingo, outubro 23, 2005

Embora tarde, deixo aqui minha decisão quanto ao referendo na forma do discurso de Yitzhak Frankerthal, cidadão israelense que teve seu filho morto por tropas militares palestinas.

"Meu filho amado, Arik, minha própria carne e ossos ,foi morto por palestinos. Meu filho alto, de olhos azuis, cabelos dourados e que estava sempre sorrindo. Meu filho. Mas se, para acertar sesus assassinos, crianças palestinas inocentes e outros civis tiverem de ser mortos, eu peço às forças de segurança que esperem outra oportunidade. Se as forças de segurança tivessem informações de onde o assassino se encontra, e se o local estivesse cercado de crianças inocentes e outros civis palestinos, então, mesmo que as forças de segurança soubessem que o assassino estava planejando ataques, e que eles tivessem a chance de impedir outro ataque terrorista que iria matar inocentes civis israelense, mas ao custo de acertar palestinos inocentes, então eu diria às forças de segurança para não buscar vingança. Eu diria às forças de segurança: não matem o assassino.
Em vez disso, tragam-no a uma corte em Israel. A ética é livre da vingança e do ódio. Nossa ética está pendurada por fio, à mercê de qualquer soldado político. Não é ético matar israelenses inocentes ou mulheres e crianças palestinas inocentes ou mulheres e crianças palestinas. Também não é ético controlar outra nação e levá-la a perder sua humanidade. E claramente não é ético jogar bombas para matar palestinos inocentes. Por outro lado, é sumamente ético prevenir a morte de um ser humano. Mas, se para tanto a morte inútil de outros for necessária,então a fundação ética para aquela prevenção se perde.
Uma nação que não pode fazer tal distinção está condenada a aplicar medidas não-éticas contra seu próprio povo. O pior , em minha opinião, não é o que já aconteceu ,mas o que está por vir. E isso acontecerá – porque os líderes políticos e militares não têm a integridade mínima de dizer : “ Sentimos Muito”. Perdemos nossa ética muito tempo antes dos ataques suicidas. O momento crucial foi quando começamos a controlar a nação dos outros.
Meu filho Arik nasceu de democracia coma chance de viver uma vida estável e decente. O assassino de Arik nasceu em uma terrível ocupação, em um caos ético. Se meu filho tivesse nascido no lugar dele, teria feito a mesma coisa. Se eu mesmo tivesse nascido no caos políticos e ético que é a realidade diária dos palestinos, certamente tentaria matar e ferir os ocupantes; se eu não tivesse, estaria traindo a minha essência de homem livre. Faça as pessoas corretas que falam dos rudes assassinos palestinos olharem-se no espelho e perguntarem a si mesmas o que fariam se estivessem vivendo sob ocupação.Posso dizer que eu, Yitzhak Frankenthal,sem dúvida alguma me tornaria um soldado de resistência e mataria tantos quantos inimigos eu pudesse.É essa hipocrisia depravada que empurra os plaestinos a lutar sem tréguas – nosso hábito de “dois pesos, duas medidas” que permite que reivindiquemos alta ética militar ,enquanto os militares matam crianças inocentes. Essa falta de ética está fadada a nos corromper.
Meu filho Arik foi morto, quando era um soldado, por um palestino que acreditava na base ética para sua luta contra a ocupação. Meu filho Arik foi morto não porque era judeu, mas por ser parte de uma nação que ocupa o território de outra nação. Eu sei que esses conceitos são intragáveis, mas tenho que gritar bem alto e claro, porque eles vêm do meu coração – coração de um pai cujo filho não vive porque seu povo está cego de poder.
Os palestinos não podem nos expulsar – eles reconheceram nossa existência há muito tempo. Eles estão prontos para fazer a paz conosco: somos nós que não queremos fazer a paz com eles. Somos nós que insistimos em mantê-los sob nosso controle; somos nós que pioramos a situação da região e que a alimentamos em um ciclo de derramamento de sangue. Sinto muito por dizê-lo, mas a culpa é inteiramente nossa. Não pretendo absolver palestinos ou justificar os ataques contra civis israelenses. Nenhum ataque a civis deve ser aceito. Mas, como força de ocupação, somos nós que suprimimos a dignidade humana, somos nós que destruímos a liberdade dos palestinos e somos nós que empurramos uma nação inteira para cometer atos de loucura e desespero."

sábado, outubro 22, 2005

quinta-feira, outubro 20, 2005


Enquanto pensava,
ou melhor,
tentava não pensar,
comprei um bilhete do cinema.

Entrei.
Quase ninguém.
Escolhi um assento voyeur,lá longe, sozinho;
Esperei.

Ninguém.

sábado, outubro 15, 2005



Apresento-lhes: [esq p/ direita]

Manolo García:::Manolo Vasquez:::Manolo Hernandez

- Rumbora, chicos!

domingo, outubro 09, 2005



- Puta madre , guay!
- Ai Ai, cabrón !

::Aguardem::