sexta-feira, abril 30, 2004

“Com um pôr-do-sol qualquer como pano de fundo , já escurecendo,numa praia fria e deserta, eu e uma amiga conversávamos sobre a minha vida , a dela, trocando experiências, sensações, numa cumplicidade típica a bons amigos, Andávamos contra aquele vento, que ao mesmo tempo que era gelado ,estridente e mordaz, me dava uma enorme sensação de conforto.
O único barulho que se ouvia era as nossas vozes e o leve quebrar das calmas ondas que se formavam a cada instante, dessa forma, a conversa fluía de tal modo: simples,fácil e interessante, que eu não sentia cansaço ou tédio, mesmo após andar uma boa distância com a mesma paisagem à vista.
Eis que num dado momento da conversa, ela me pergunta:
- E então? Como foi que você chegou aqui?
- Não sei. Simplesmente caí – eu respondi.
Ela sorri. Corre em direção ao mar. Vestida, mergulha ,e ao levantar, me pergunta:
- Não vem?
- Não. Vou caminhar mais um pouco”
Mais um fragmento de um sonho enigmático. Let me think.....

domingo, abril 25, 2004

"Se você for
exatamente como imagino
igualzinha aos meus sonhos
eu vou embora
detesto desmancha-prazeres"

Portanto, surpreendam-me.
Como câmeras de festas conseguem ser tão inconvenientes e insurpotáveis?
Como conseguem transformar uma conversa empolgante,bacana e interessante num silêncio constrangedor,ansioso e angustiante?
Como conseguem transformar ações e gestos espontâneos em sorrisos falsos e artificiais?
Como conseguem deixar aquela sensação de incômodo e desconforto até no mais seguro?
Talvez seja por isso que nunca ninguém se reconhece numa filmagem.

sábado, abril 24, 2004

Fragmentos:
" - Cara, teu cabelo cresceu ,hein ?? - eu disse
- É, eu cortei.
- hum....!!!!?"

quinta-feira, abril 15, 2004

Será que existe vício mais comum e estranho que o de abrir e ficar olhando a geladeira? No meu caso não, por isso alerto: o vício pode começar cedo, dependendo da intensidade da primeira experiência. A causa às vezes é a mais comum, influência do amigos, mas acredito que a real causa é uma patologia chamada de tedianismo crônico. Inevitavelmente todos passaram ou passarão por esta experiência, que é cotidiana a vida das pessoas, embora não seja um ato voluntário , talvez seja devido a forças tão obscuras, as quais nos levam a cometê-lo, que não há como explicar através de um raciocínio lógico.
Naquele final de tarde, que ,embora seja o horário mais comum, não é o único,quando o céu já anuncia a noite e o vento balança as árvores da calçada. Deitado no sofá ,sozinho. A televisão desligada por falta de programação interessante Um silêncio sem origem nem destino pairando.Então, olhamos para o teto. Uma súbita lembrança de algo ou alguma coisa por fazer emerge, e ,por mais que se tente, não conseguimos descobrir sobre o que é a lembrança. Involuntariamente, nos levantamos do sofá – ou cama, não importa -,caminhamos até a cozinha e paramos. A falta de direção , como se tivessem quebrado a nossa bússola particular por alguns instantes, nos domina. Daí, instintivamente, fazemos o inevitável, puxamos a porta da geladeira.
Ficamos por um momento contemplando-a, preenchida - ou vazia - por pães do dia anterior, iogurtes já vencidos dentre outros, e ao fechar a porta ficamos parados, encostados no armário pensando,o que normalmente não nos leva a nenhum outro pensamento, mas ao ato de abrir e fechá-la novamente, satisfazendo, dessa forma, esse vício estranho que nos persegue.

sábado, abril 10, 2004

"Sentado sobre um banco de uma estação de trem, eu observava o movimento. Trens partiam e chegavam sob um céu nublado, na iminência de chover.
Uma garota pára a minha frente, toca-me no ombro e pergunta:
- Quer uma passagem?
- Pra onde?, eu respondo
- Ah. Porque saber? Não precisa. Enfim, não sei.
- Hmmm, se é assim, eu quero. E você , porque não vai?
- Já fui várias vezes, agora a sua vez.
A conversa termina. Ela me dá um bilhete, que logo percebo estar em branco, e senta ao meu lado.Em pouco tempo, um trem sem indicações de destino pára. A porta abre. Eu entro, e pela janela observo-a, me olhando com um sorriso estranho nos lábios.
O trem parte."
Isso foi um sonho que eu tive há dias.
What is that mean? Tell me

sexta-feira, abril 09, 2004

So, this is it. O blog já está funcionando. Básico e simples , nada de exageros.
O layout é bem simples, reflete bem o conceito e a idéia que eu quero passar aqui.Portanto ,não há a necessidade de eu me estender, explicando os porquês da criação da página. Desse modo, nos vemos nos posts. Bye